Teatro Polytheama –
Colaboração com Lina Bo Bardi

Jundiaí, SP
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ficha técnica

Ano:
1986
Área:
-
equipe:
Lina Bo Bardi, André Vainer, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki
Imagens:
Acervo Instituto Bardi - Casa de Vidro
Premiações:

Descrição:

O “Polytheama” de Jundiaí representa um dos últimos exemplos daquilo que foi, no fim do século XIX, o “Teatro-Polivalente”: teatro, circo, centro de reuniões e comícios políticos, salão de baile, cabaret. A obra-prima, neste sentido de comunicação popular (Sindicalismo Socialista à parte), foi La Maison du Peuple, construída em Bruxelas em 1896, pelo grande arquiteto Victor Horta.

Não queremos comparar a arquitetura da Maison du Peuple de Bruxelas (destruída em 1969 – verdadeiro assassinato arquitetônico deplorado com violência pelo mundo inteiro), com o Polytheama de Jundiaí, mas ele, o Polytheama, é um modesto, mas grande e sério exemplo de convivência humana, de grandes esperanças, de uma grande idéia, e DEVE SER CONSERVADO.

La Maison du Peuple foi destruída porque não respondia aos “Tempos de Hoje”, mas com pequenas inovações que deixassem intacto o “Tempo” de sua origem, podia e DEVIA ser salva.

Esta premissa é necessária para explicar o sentido do Projeto que apresentamos aqui. Deixando intacto o Espírito do Polytheama, como emblema de um Tempo e de uma Cidade, o projeto permite sua inserção na sociedade de hoje, principalmente ao Teatro Moderno com suas aspirações (também) à luz do dia e sua ânsia de liberdade.

Os critérios de restauração seguiram os princípios da restauração de hoje, isto é, não só os da rigorosa restauração, como os princípios de um “Plano Direcional”, única saída para a plena realização de uma “Continuidade Histórica” no Tempo e na Memória.

BARDI, Lina Bo. TEATRO POLYTHEAMA – Apresentação do projeto apud Lina Bo Bardi / Marcelo Carvalho Ferraz, org. – 4.ed. – São Paulo: Instituto Bardi: Casa de Vidro: Romano Guerra Editora, 2018, p. 264.