Museu de Arte de Lima – MALI

Lima, Peru

ficha técnica

Ano: 2016

equipe:

francisco fanucci, marcelo ferraz, pedro ivo freire, anne dieterich e cícero ferraz cruz

Área: 6.524m2
Descrição:
As passagens sempre fascinaram os homens. São espaços de buscas – deliberadas ou aleatórias –, de surpresas e descobertas, de encontros marcados ou fortuitos, do simples vagar, do exercício da urbanidade por excelência. Passagem e convivência são termos que exprimem o espírito de nosso projeto para a nova ala de arte contemporânea do Museu de Arte de Lima – Mali, que será a um só tempo uma grande passagem urbana e um espaço de encontros entre usuários do metrô, visitantes do museu e frequentadores do parque.

O projeto procura criar um diálogo respeitoso e sutil, uma convivência tensa e silenciosa entre dois edifícios que se distanciam no tempo em quase 150 anos, deixando que cada um fale o idioma de seu tempo. Flexibilidade e liberdade são fundamentos do projeto, visando o aproveitamento máximo dos espaços com múltiplas possibilidades de usos, como requer um museu de arte contemporânea voltado para o presente e para o futuro, aberto a novas formas de expressão e modos de expor.

Uma grande boca de entrada – com 40 metros de largura – em suave rampa acolhe os visitantes e passantes e os leva ao interior do novo anexo do Mali. Num ordenamento vertical, os usos vão do mais público no piso superior ao mais privativo e introspectivo no piso inferior.

Uma grande fenda corta verticalmente o volume construído em toda a sua extensão e pavimentos, levando luz celeste
e ventilação natural controladas para todo o edifício. Essa abertura abrigará um jardim vertical de aspecto rupestre e um jardim aquático. Esses jardins são estruturantes do projeto, fundamentais para a criação de uma atmosfera gentil e acolhedora aos usuários dos vários espaços do museu que se desenvolve totalmente subterrâneo.
Toda a estrutura do conjunto será em concreto aparente. Um rigoroso projeto de formas dará o aspecto final pretendido, ora com linhas verticais, ora com linhas horizontais. Placas estruturais verticais sustentam lajes nervuradas e protendidas. A estrutura é fundamental na definição da arquitetura que pretendemos, livre e versátil. Uma vez pronta a estrutura, estará pronta a arquitetura.

O cimento pigmentado – terroso andino – no preparo do concreto, com alta tecnologia de fixação e resistência, evitará pintura de manutenção e reparos no futuro. O vidro será utilizado em todos os pavimentos para captar a luz do dia, com possibilidade de controle através de cortinas e sistemas de blackout.
Na paisagem densa e vibrante do centro de Lima continuará brilhando o palacete branco imponente com seu reflexo espelhado em uma lâmina de água, anunciando algo novo abaixo da terra: a nova ala de arte contemporânea do Mali.

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