Museu imigração japonesa

Registro, São Paulo

ficha técnica

Ano: 2016

equipe:

francisco fanucci, marcelo ferraz, felipe zene, anne dieterich, cícero ferraz cruz, harold ramirez, júlio tarragó, laura ferraz, roberto brotero, viní­cius spira e william campos

Área: 680 m2
Fotos: acervo brasil arquitetura
Descrição:
Com doação do Conjunto KKKK para o Sesc, o Memorial e Museu da Imigração Japonesa, que ocupava o prédio do engenho, deveria ser transferido para outro imóvel na cidade. Uma área nobre no centro do Parque Beira Rio foi cedida para a construção do novo museu, que abrigará seu acervo, áreas expositivas e um pequeno auditório.
O acervo é composto por objetos, fotografias e documentos dos imigrantes pioneiros que ali aportaram a partir de 1913 e por uma coleção de obras de arte constituída por doações feitas em 2002, quando da inauguração do KKKK. São esculturas
e pinturas produzidas por artistas nipo-brasileiros, desde a primeira geração aqui chegada no início do século passado até os contemporâneos.
Foi projetado então um pavilhão com 650 metros quadrados, em concreto aparente e vidro, localizado longitudinalmente entre a borda da água e a avenida beira-rio. Um volume longo e baixo, apoiado em pilares como palafitas, no sentido de livrar a construção das cheias que, vez por outra, acometem toda a área do parque. A fachada Sul, voltada para a cidade, como nunca recebe o sol diretamente, pôde ser projetada toda em vidro, fazendo com que a coleção exposta no interior do museu se apresente à cidade como uma vitrine. Já na face Norte, voltada para o rio e a mata ciliar, foi necessária uma fachada quase cega, em concreto isolante para proteção do calor. Para não se perder totalmente a possibilidade de desfrute da bela vista sobre a água, foram projetadas pequenas aberturas ladeadas por dois bancos tipo conversadeiras. Cada uma dessas janelas assume uma forma simbólica diferente, extraída da cultura japonesa, com significados como fortaleza, paciência, prosperidade, beleza, boa colheita, proteção e poesia.
Em síntese, o Museu da Imigração Japonesa de Registro, como novo polo de atração e convivência, uma vez implantado no Parque Beira Rio, reforçará ainda mais a ação iniciada com a recuperação do KKKK, qual seja, a retomada da borda da água como centralidade urbana. Centralidade calcada na história – ali nasceu a cidade – e na construção de um futuro de relação amigável com as águas.

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