Museu do Trabalho e do Trabalhador

São Bernardo do Campo, SP

Publicações

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  • Casa e Jardim – Fluidez e visão total
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  • archdaily – roof waterproofing with water: a solution by ‘brasil arquitetura’
  • archdaily – casa en lapa / brasil arquitetura
  • archdaily – house in lapa / brasil arquitetura

ficha técnica

Ano: 2010

equipe:

francisco fanucci, marcelo ferraz, cí­cero ferraz, anne dieterich, anselmo turazzi, fabiana fernandes paiva, frederico meyer, gabriel grinspum, luciana dornellas, pedro del guerra, victor gurgel; beatriz marques, felipe zene, gabriel mendonça, natalia vidigal coachman

Área:

5000m2

Descrição:
O Museu do Trabalho e do Trabalhador foi concebido dentro de um grande plano urbanístico para a nova centralidade de São Bernardo do Campo. O centro da cidade possui um conjunto arquitetônico moderno, com grandes espaços públicos, que foi descaracterizado por um desenvolvimento caótico e acelerado, perdendo sua qualidade espacial como centralidade. O novo plano define novas referências urbanas com a criação de um parque central que redesenha o sistema viário dessa zona, liberando nível térreo para a circulação de pedestres, e cria uma área verde contínua que liga diversos equipamentos públicos. É nesse contexto que se insere o Museu do Trabalho e do Trabalhador, em um terreno de 10 mil metros quadrados originalmente ocupado pelo mercado municipal, ao lado do Paço Municipal.
O museu está implantado na extensão desse parque,
em meio a um jardim com árvores, arbustos e trepadeiras entremeados por grandes máquinas e artefatos industriais em desuso – objetos que remetem às origens e vivências do trabalho ao longo da história, ligados ao período da industrialização. O jardim encenará certo confronto entre o natural e o humano, com a vegetação envolvendo e se apossando das máquinas.
Esse jardim público do trabalho adentra sob o corpo sobrelevado do museu e revela o seu grande espaço central de acolhimento. Espaço rua que dá acesso, cruza longitudinalmente e organiza o terreno e o edifício, inserindo-os no tecido da cidade.
De um lado temos o bloco que abriga funções administrativas e de apoio, reserva técnica, um pequeno auditório, salas de máquinas e sistemas de circulação vertical. De outro, o volume elevado que abriga os espaços expositivos. Os dois blocos são conectados por passarelas que cortam vazio vertical do espaço rua. Esse local de acolhimento, alargado em seu centro por dobraduras nas paredes estruturais de concreto e protegido em seu entorno por grandes planos de vidro, deixa à mostra o movimento e a vida do museu. No piso térreo, a loja e o café fazem parte também do principal espaço da convivência – entre visitantes e transeuntes, entre museu e cidade.
O Museu do Trabalho e do Trabalhador tratará da história do trabalho de um modo amplo e universal, desde a Pré-História até os dias atuais, colocando-se em diálogo permanente com outros museus pelo mundo afora.
Por outro lado, tratará também da especificidade nacional e local. São Bernardo do Campo e a região do ABC são, provavelmente, o que melhor representa o desenvolvimento industrial moderno em nosso país. Desde os anos 1950, quando ali foram instaladas diversas montadoras automobilísticas, fábricas de autopeças, eletrodomésticos, indústrias químicas e de plásticos, entre várias outras, a cidade adentrou o imaginário nacional como a capital do automóvel, um símbolo do progresso fabril e de uma nova era de desenvolvimento. A região é também nacional e internacionalmente conhecida pelas lutas sociais desenvolvidas por seus operários.
Nesse sentido, o museu pretende ser um centro articulador da memória e história dos trabalhadores, apresentando a diversidade de suas experiências e vivências em seus locais de trabalho e moradia, em suas múltiplas formas de sociabilidade e de ação coletiva. Tendo como eixos transversais as relações de gênero, étnicas e geracionais, a sua narrativa busca estabelecer um diálogo permanente com o variado conjunto de práticas construídas na região, no país e no mundo.
O Museu do Trabalho e do Trabalhador pretende constituir-se em espaço vibrante de convivência, diversão e conhecimento, atraindo visitantes locais e de todas as regiões do país.

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